quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Milagre de Amor

Que mimporta, meu amor, a poesia que tanto
te preocupa porque a fiz antes de ti ?
Hoje... para não ver os teus olhos em pranto
por Deus que eu rasgaria os versos que escrevi...

Hoje, já não são meus... Como que por encanto
estes poemas que fiz, que sonhei, que vivi,
são estranhos que seguem cantando o meu canto
a falarem de um velho mundo, que esqueci...

De repente a mudança é tão grande, é tamanha,
que o passado se esvai numa sombra perdida,
e a minha própria voz soa falsa e estranha...

Óh Milagre de Amor... ( Que por louco me tomem!)
Mas sinto uma alma nova em mim... tenho oura vida!!
E um novo coração no peito... e sou outro homem!



¬ J.G. de Araújo Jorge ¬

coletânea -"Meus Sonetos de Amor " 1a edição 1961

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