sábado, 22 de agosto de 2009

A manhã é vinte e três.


Mãe, você vai fazer sessenta e nove anos amanhã, gostaria de ter sido mais sua amiga, de ter proporcionado uma vida melhor para você . Sei que quando criança fui muito levada e na adolescência, uma rebelde, mas convenhamos, bem que poderia ter me dado um "refresco", parecia até perseguição, mas hoje não vou falar nisso, deixa para próxima. Hoje quero falar que você foi e é uma boa mãe, me ensinou a ser limpa, organizada, cuidadosa com meus filhos (por falar nisso, com certeza dou um "refresco" hoje aos meus filhos), honesta, trabalhadeira (aliás, uma excelente profissional) e acima de tudo um bom ser humano com o meu próximo. Hoje tenho medo de te perder para vida, procuro pedir a Deus que desculpe por qualquer coisa que tenha feito para magoá-la (também sei que você já me perdoou). Mãe eu te amo muito e quero sempre lembrar dos nossos melhores momentos juntas, do seu sorriso, do seu jeito de todas as manhãs me acordar par ir ao colégio com um copo de vitamina, de ter cuidado de mim quando tive meus bebês, esteve do meu lado quando fiquei triste e na minha alegria, lembro como você dobrava o dinheiro da merenda e colocava no meu bolso, mesmo com pouco dinheiro nunca passei um natal sem ganhar uma roupa e um calçado novo, lembro do ano que a senhora comprou uma porção de brinquedos de plásticos, hoje sei que eram baratinhos, e você fez isso para não ficarmos sem presente de papai noel. Nunca desistiu de seus filhos. Hoje terás o prazer de estar ao lado deles, de seus netos, bisnetos e, como você mesma diz, dos agregados, que são os pares dos seus filhos e netos. Também consigo entender porque a senhora era tão rígida com a gente: naquela época era muito difícil criar filhos sem pai, principalmente separada.
Obrigada por tudo eu te amo muito.
Ana

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